Ideia é articular Poder Público em torno de políticas preventivas
Em meio à comemorações dos
13 anos da Lei Maria da Penha, que endureceu as punições para crimes de
violência doméstica ou familiar, o Ministério da Justiça e mais 10 órgãos
assinaram o Pacto pela Implementação de Políticas Públicas de Prevenção e
Combate à Violência contra Mulheres. A ideia é ampliar a articulação do Poder
Público visando a políticas que evitem esse tipo de prática.
“Muitas vezes, se diz que
são necessárias políticas de proteção à mulher porque, dizem, elas são
vulneráveis. Mas isso não é verdade, porque elas são mais fortes e melhores do
que os homens. Por que são melhores do que nós? Talvez porque nós, homens,
somos intimidados e, por conta dessa intimidação, nós, homens, recorremos à
violência para firmar uma pretensa superioridade que não existe”, disse, em
discurso, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. “Mulheres são
melhores, mas precisam de proteção maior, até por essa condição”, completou.
Também presente no evento, o
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, disse que
sua expectativa é que o pacto resulte em ações concretas. “Não podemos aceitar
que o ódio e a violência criem raízes na nossa sociedade”, afirmou.
Citando a escritora Clarice
Lispector, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, falou sobre a luta
histórica das mulheres pelos próprios direitos políticos e civis. “Liberdade é
pouco. O que queremos ainda não tem nome”, disse. “Sim, liberdade é pouco. O
que queremos é dignidade”, completou.
A ministra da Mulher, da
Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, apresentou dados de 2018, do
Disque 180, segundo os quais foram contabilizadas 92 mil denúncias de violência
contra a mulher. Neste ano, já houve 42 mil registros, informou a ministra.
“Mas tenho um recado para os
agressores: acabou a palhaçada no Brasil! Estamos todos unidos contra a
violência contra a mulher”, disse Damares Alves.
Fonte: Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário