Mais de 16 milhões de doses da vacina tríplice viral, que
protege contra sarampo, caxumba e rubéola, foram enviadas pelo Ministério da
Saúde para todo o país. Desse total, 6,5 milhões foram destinadas aos
municípios paulistas, pois o estado concentra quase 100% dos casos de sarampo
registrados nos últimos 90 dias, segundo dados do órgão. Foram 1.220
ocorrências em São Paulo, quatro no Rio de Janeiro, uma na Bahia e uma no
Paraná. O coeficiente de incidência da doença foi de 0,58 por 100 mil
habitantes.
As vacinas enviadas atendem à imunização de rotina
prevista no Calendário Nacional de Vacinação e às situações de surto de
sarampo. Rio Janeiro, Bahia e Paraná receberam, juntos, 8,2 milhões de
doses.
O ministério destaca que a vacina é o principal meio de
prevenção de sarampo, caxumba e rubéola. O Brasil não registrava casos
autóctones (adquiridos no país) de sarampo desde o ano 2000. Entre 2013 e 2015,
ocorreram dois surtos da doença a partir de casos importados, nos estados do
Ceará e Pernambuco, com 1.310 casos. Os surtos foram controlados com medidas de
bloqueio vacinal.
Campanhas adicionais
Até o momento, considerando o atual cenário
epidemiológico do sarampo, não está prevista a realização de campanhas
adicionais de vacinação contra a doença. Elas estão sendo feitas nas áreas onde
há circulação do vírus atualmente.
“Ressalta-se, no entanto, que mesmo em situações de
surto, a vacinação de rotina está mantida na rede de serviço do SUS [Sistema
Único de Saúde], conforme as indicações do Calendário Nacional de Vacinação e
que os serviços de vacinação são estimulados a buscar a sua população não
vacinada para a devida atualização”, informou o órgão em nota.
Atualmente, 53 cidades em quatro estados brasileiros –
São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Paraná – se mantém com surto ativo. Veja
abaixo a lista dos municípios.
Orientações
No dia 6 de agosto, o Ministério da Saúde divulgou um
alerta para pais, mães e responsáveis que vão viajar com os filhos de seis
meses a menores de um ano de idade para os municípios em situação de surto
ativo do sarampo no país. A recomendação é que essas crianças sejam vacinadas
com a tríplice viral pelo menos 15 dias antes da viagem. Além de proteger a
criança, a medida contribui para interromper a cadeia de transmissão do vírus
do sarampo no país.
Esta dose, chamada de “zero”, não substitui as etapas do
calendário nacional de vacinação da criança. Além dessa dose, que não é
considerada válida para fins de calendário, os pais e responsáveis devem levar
os filhos para tomar a vacina tríplice viral (D1) aos 12 meses de idade (1ª
dose); e aos 15 meses (2ª dose) para tomar a vacina tetra viral ou a tríplice
viral + varicela.
A tríplice viral está disponível nos mais de 37 mil
postos de vacinação em todo o Brasil pelo SUS.
Fonte:
Agência Brasil
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