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Isac Nóbrega/PR |
Caminhos de
Brumadinho
São tantos caminhos
Com fins trágicos
Em meio ao desastre
Da gigante barragem
Em Brumadinho
Da cifra do alumínio
E do ferro, os erros
(Extermínios)
O silêncio das gentes
(Inocentes)
O saldo
Dos produtos químicos
O monstruoso excremento
Findaram-se os elos
Que drama!
A lama, se fez cemitério
Nos caminhos de Brumadinho
O desastre ecológico
Da lógica ! [?]
Que já se previa
A destruição da mata
A lama que mata
A fauna e a flora
Ai, ai !
Das buscas
Não há diferenças
Entre noite e dia
Ai que luta, labuta
Do monstro, tormento
O som feito vento
Um forte assobio
Poluindo os rios
E nesse desfecho
Cessou os respiros, suspiros
Foi-se a vida dos peixes
E agora ?
Aumenta-se mais
Os gritos, os ais
Pelas irreparáveis
Perdas e danos
Dos nossos animais
É doloroso ver e ouvir
Pois são tantos os ais
A gente chora
Lamenta
Ao
ver as imagens
Registros da imprensa
Em muitos jornais
Percorrendo o mundo
Em frações de segundo
Nas redes sociais
Os gritos, lamentos
Dos ais
Em meio aos tormentos
São seus e meus
De longe e de perto
Clamando socorro, consolo
Da parte de Deus
Dos mortos
Encontra-se os corpos
Cadáveres
Em meio aos restos
De carros, casas, árvores e aves
Do triste cenário
Há cenas tão raras
Dos muitos guerreiros
Voluntários anônimos
Bombeiros, enfermeiras
Todos em prol da vida
Registros da imprensa
Em muitos jornais
Percorrendo o mundo
Em frações de segundo
Nas redes sociais
Os gritos, lamentos
Dos ais
Em meio aos tormentos
São seus e meus
De longe e de perto
Clamando socorro, consolo
Da parte de Deus
Dos mortos
Encontra-se os corpos
Cadáveres
Em meio aos restos
De carros, casas, árvores e aves
Do triste cenário
Há cenas tão raras
Dos muitos guerreiros
Voluntários anônimos
Bombeiros, enfermeiras
Todos em prol da vida
Salvaram Talita
Priorizando a ética
Médicos e médicas
Juntos em um só propósito
Suspensos aos levitantes voos
Dos helicópteros
Dos encontros diários
Das refeições e conversas
E risadas à beça
A pousada "Estancia"
Pela força da lama
Foi levada às pressas
E ficou bem distante
O local que outrora, repouso
Ficou soterrado
E localizado
À quase mil metros
E agora a "Estancia"
É descanso, morada
Dos agora saudosos
Proletários eternos
Das margens do Paraopeba
Aí que dor, meu irmão!
O "Vale" e o rio amargou
A lama causou drama
Os agricultores, ficaram
Sem lenço, documento
Pijama, cadeiras e cama
E agora ?
Os investimentos
Não ["Vale'm"]
Só ficou o lamento, tormentos
Ficaram em ilha
Os planos e sonhos
De cada família
Dos frutos e vargens
Não restou um grão
No Vale do Feijão
Da catástrofe !
A morte dos brasileiros
Abalou o mundo inteiro
Irmanou Israel
O consolo então...
Suplicamos aos céus
Poeta, Ribamar Rodrigues
Caxias-Maranhão
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