Um relatório divulgado hoje
(29) pela Organização Mundial de Saúde (OMS) mostra que 93% das crianças e
adolescentes respiram ar com nível de partículas finas acima do que é
considerado recomendável para a saúde. A situação é mais grave em algumas
regiões do mundo como a Ásia e a África e também nos países de renda média e
baixa.
A publicação do relatório
antecede a realização da Primeira Conferência Global da Organização Mundial de
Saúde sobre Poluição do Ar e Saúde, que começa amanhã na Suíça. O tema do encontro
é "Melhoria da Qualidade do Ar, Combate às Mudanças Climáticas".
Nos países com renda baixa e
média, 98% dos menores de 5 anos são expostos a níveis maiores do que é
recomendado para a saúde, enquanto nos países de renda elevada, o percentual é
de 52%.
Na África e no Mediterrâneo
Oriental, 100% das crianças com menos de 5 anos estão expostas a níveis acima
do recomendável.
No continente americano,
países de renda baixa e média, como o Brasil, expõem 87% das crianças menores
de 5 anos a esses níveis de partículas finas.
Mortes
Além da poluição das grandes
cidades, as crianças muitas vezes estão expostas a partículas geradas dentro de
suas próprias casas, provocadas pela queima de combustíveis como carvão e
querosene.
Cerca de 3 bilhões de
pessoas ainda dependem de combustíveis e equipamentos poluentes para cozinhar e
se aquecer no mundo. Mulheres e crianças costumam passar mais tempo ao redor
dessas fontes de calor, expostas à fumaça, o que resulta em concentrações de
poluentes que chegam a ser seis vezes mais altas que o ambiente ao redor.
A organização estima que
essa exposição resultou em 3,8 milhões de mortes prematuras em todo o mundo, o
que supera a mortalidade causada por malária, tuberculose e Aids combinadas.
Destas mortes, 400 mil atingiram menores de 5 anos.
No Brasil, a OMS estima que
50 mil pessoas morrem por ano de doenças relacionadas à poluição do ar. Quase
10% da população do país ainda queima madeira para cozinhar, o que contribui
para a exposição à poluição.
Fonte: Agência Brasil
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