David A R White. (Foto: Divulgação) |
São pelo menos vinte anos dedicados a filmes de fé, com
temáticas cristãs desde uma época em que as produções evangélicas não tinham
tanta qualidade como hoje.
No entanto, a partir do que acreditou ser um chamado, o
ator, produtor, diretor e roteirista, David Andrew Roy White (48 anos),
protagonista da trilogia “Deus Não Está Morto”, nos prova que é sim possível
fazer diferença também na cultura no mundo do entretenimento.
Entre os principais trabalhos realizados por David e sua
produtora, a Pure Flix, estão “Você Acredita? (2015)”, “Quarto De Guerra
(2015)” além dos dois primeiros filmes da sequência, “Deus Não Está Morto”
(2014) e “Deus Não Está Morto 2” (2016), levando mais de 10 milhões de
espectadores para as salas de cinema.
O artista norte americano esteve no Brasil em meados do mês
de agosto para divulgar o terceiro e último capítulo deste que é considerado um
dos principais casos de sucesso no cinema cristão mundial. O ator norte
americano conversou com o Gospel Prime com exclusividade.
Batizado como “Deus Não Está Morto – Uma Luz na Escuridão”,
o último episódio da série mostra a luta que uma igreja centenária enfrenta
para permanecer em um campus universitário, principalmente após um incêndio ter
destruído parte do templo histórico.
Confira o nosso bate papo completo com David A R White!
Gospel Prime: Em primeiro lugar, muito obrigado por estar
no Brasil conosco. Poderia nos falar sobre a sua experiência em nosso país e
sobre a expectativa de mais esse lançamento?
David A. R. White: Essa é a terceira vez que eu
venho ao Brasil e toda vez eu sou abençoado por tantas pessoas legais que eu
conheço. Eu sou grato porque eles não me chutam pra fora do país (risos). Nós
sempre tivemos boas experiências lançando filmes no Brasil. E a nossas expectativas
são sempre alcançadas e eu estou muito animado com tudo o que vai acontecer.
Sobre o filme, A trilogia “Deus Não Esta Morto”esse é o
filme provavelmente de maior relevância ou o mais comentado do cinema cristão.
Qual é a diferença desse filme para os outros dois e qual dos três é o seu
preferido?
O primeiro foi sobre a fé ser desafiada no campus
universitário, já o segundo sobre a verdade ser desafiada em uma escola
pública. Já esse é um filme mais autêntico, orgânico, uma jornada pessoal com
os principais atores e protagonistas.
A gente poderia deixar que os embates jurídicos [entre
Estado laico e liberdade religiosa] fossem até a corte principal, mas
preferimos trazer a história para uma realidade mais próxima, para algo mais
pessoal. É um grande filme, mas também é mais individual. Fala com cada pessoa.
Um gesto comum entre os expectadores foi a quantidade de
mensagens via SMS ou WhatsApp que as pessoas mandavam uma para as outras a
famosa frase “Deus Não está morto”. Como você se sente sabendo influenciou e
encorajou tantas pessoas?
A Bíblia diz que a palavra não voltará vazia, nós
acreditamos, nós encontramos nos nossos filmes e até em outros que não contaram
com produções tão boas, que se você fala ou conta sobre uma história autêntica,
com a palavra de Deus nela isso sempre me impressiona o que Deus faz com aquele
filme. Somos somente vasos prontos a fazer o que Ele nos chamou, mas o final de
tudo está nas mãos dele.
Você também teve e tem uma presença forte no cinema
secular desde os anos 1990. Existe essa diferenciação nos EUA entre cinema
cristão e secular? Como ocorreu essa transição?
Eu cresci na igreja. E então isso não foi muito difícil para
mim. Meus pais me criaram em uma comunidade menonita, que é uma sociedade mais
conservadora bem parecida com os amish [aquelas comunidades que vivem excluídas
do resto do mundo, vestindo roupas com o corte mais antigo, muito comum nos
EUA], com a diferença que nós usávamos luz elétrica.
Mas é sempre difícil contar, você falar em relação à Palavra
de Deus de uma forma autêntica e orgânica sem que fique parecido com uma
pregação tradicional para uma audiência e o nosso objetivo é que até aqueles
que não são cristãos possam olhar como qualquer filme, mas que consiga tocar o
coração deles.
A academia e a indústria do entretenimento têm visto o
cinema cristão de forma positiva ou existe uma barreira, uma diferenciação?
Cada vez mais tem se tornado um gênero. A maioria dos
grandes estúdios em Hollywood tem criado, montado um selo especificamente para
o público cristão. Eles percebem que hoje existe uma audiência e tentam
alcançar esse nicho.
O problema é que eles não têm a conexão com Deus. E se eles
não tiverem essa conexão, não irão conseguir fazer o que fazemos. Não irão
tocar o coração das pessoas.
E nisso a Pureflix sai na frente também, não é verdade? –
Vocês têm conseguido alcançar esse objetivo?
Com certeza! A gente não se programou para isso, a gente não
fez isso para estar à frente, nós apenas sentimos que havia essa necessidade e
Deus havia nos chamado para fazer isso.
Você poderia traçar um paralelo com a realidade que os
cristãos vivem hoje nos EUA e no Brasil? Como os filmes podem nos ajudar nesse
momento difícil de confronto e divisão?
Eu não acho que as pessoas mudem se não mudarem
primeiramente em seus corações. Então esses filmes têm que alcançar os corações
de cada um e o cinema por si só já é uma coisa maravilhosa.
As pessoas entram no cinema e deixam que um filme os leve a
lugares que nem o melhor amigo conseguiria estar. Então o nosso desejo é que os
filmes toquem e alcancem o coração de cada um para que as pessoas mudem e assim
o mundo também mude.
Fonte: Gospelprime
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