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quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Ator de Deus não está morto fala sobre chamado e cinema

David A R White.  (Foto: Divulgação)
São pelo menos vinte anos dedicados a filmes de fé, com temáticas cristãs desde uma época em que as produções evangélicas não tinham tanta qualidade como hoje.

No entanto, a partir do que acreditou ser um chamado, o ator, produtor, diretor e roteirista, David Andrew Roy White (48 anos), protagonista da trilogia “Deus Não Está Morto”, nos prova que é sim possível fazer diferença também na cultura no mundo do entretenimento.

Entre os principais trabalhos realizados por David e sua produtora, a Pure Flix, estão “Você Acredita? (2015)”, “Quarto De Guerra (2015)” além dos dois primeiros filmes da sequência, “Deus Não Está Morto” (2014) e “Deus Não Está Morto 2” (2016), levando mais de 10 milhões de espectadores para as salas de cinema.

O artista norte americano esteve no Brasil em meados do mês de agosto para divulgar o terceiro e último capítulo deste que é considerado um dos principais casos de sucesso no cinema cristão mundial. O ator norte americano conversou com o Gospel Prime com exclusividade.

Batizado como “Deus Não Está Morto – Uma Luz na Escuridão”, o último episódio da série mostra a luta que uma igreja centenária enfrenta para permanecer em um campus universitário, principalmente após um incêndio ter destruído parte do templo histórico.

Confira o nosso bate papo completo com David A R White!

Gospel Prime: Em primeiro lugar, muito obrigado por estar no Brasil conosco. Poderia nos falar sobre a sua experiência em nosso país e sobre a expectativa de mais esse lançamento?

David A. R. White: Essa é a terceira vez que eu venho ao Brasil e toda vez eu sou abençoado por tantas pessoas legais que eu conheço. Eu sou grato porque eles não me chutam pra fora do país (risos). Nós sempre tivemos boas experiências lançando filmes no Brasil. E a nossas expectativas são sempre alcançadas e eu estou muito animado com tudo o que vai acontecer.

Sobre o filme, A trilogia “Deus Não Esta Morto”esse é o filme provavelmente de maior relevância ou o mais comentado do cinema cristão. Qual é a diferença desse filme para os outros dois e qual dos três é o seu preferido?

O primeiro foi sobre a fé ser desafiada no campus universitário, já o segundo sobre a verdade ser desafiada em uma escola pública. Já esse é um filme mais autêntico, orgânico, uma jornada pessoal com os principais atores e protagonistas.

A gente poderia deixar que os embates jurídicos [entre Estado laico e liberdade religiosa] fossem até a corte principal, mas preferimos trazer a história para uma realidade mais próxima, para algo mais pessoal. É um grande filme, mas também é mais individual. Fala com cada pessoa.

Um gesto comum entre os expectadores foi a quantidade de mensagens via SMS ou WhatsApp que as pessoas mandavam uma para as outras a famosa frase “Deus Não está morto”. Como você se sente sabendo influenciou e encorajou tantas pessoas?

A Bíblia diz que a palavra não voltará vazia, nós acreditamos, nós encontramos nos nossos filmes e até em outros que não contaram com produções tão boas, que se você fala ou conta sobre uma história autêntica, com a palavra de Deus nela isso sempre me impressiona o que Deus faz com aquele filme. Somos somente vasos prontos a fazer o que Ele nos chamou, mas o final de tudo está nas mãos dele.

Você também teve e tem uma presença forte no cinema secular desde os anos 1990. Existe essa diferenciação nos EUA entre cinema cristão e secular? Como ocorreu essa transição?

Eu cresci na igreja. E então isso não foi muito difícil para mim. Meus pais me criaram em uma comunidade menonita, que é uma sociedade mais conservadora bem parecida com os amish [aquelas comunidades que vivem excluídas do resto do mundo, vestindo roupas com o corte mais antigo, muito comum nos EUA], com a diferença que nós usávamos luz elétrica.

Mas é sempre difícil contar, você falar em relação à Palavra de Deus de uma forma autêntica e orgânica sem que fique parecido com uma pregação tradicional para uma audiência e o nosso objetivo é que até aqueles que não são cristãos possam olhar como qualquer filme, mas que consiga tocar o coração deles.

A academia e a indústria do entretenimento têm visto o cinema cristão de forma positiva ou existe uma barreira, uma diferenciação?

Cada vez mais tem se tornado um gênero. A maioria dos grandes estúdios em Hollywood tem criado, montado um selo especificamente para o público cristão. Eles percebem que hoje existe uma audiência e tentam alcançar esse nicho.
O problema é que eles não têm a conexão com Deus. E se eles não tiverem essa conexão, não irão conseguir fazer o que fazemos. Não irão tocar o coração das pessoas.

E nisso a Pureflix sai na frente também, não é verdade? – Vocês têm conseguido alcançar esse objetivo?

Com certeza! A gente não se programou para isso, a gente não fez isso para estar à frente, nós apenas sentimos que havia essa necessidade e Deus havia nos chamado para fazer isso.

Você poderia traçar um paralelo com a realidade que os cristãos vivem hoje nos EUA e no Brasil? Como os filmes podem nos ajudar nesse momento difícil de confronto e divisão?

Eu não acho que as pessoas mudem se não mudarem primeiramente em seus corações. Então esses filmes têm que alcançar os corações de cada um e o cinema por si só já é uma coisa maravilhosa.

As pessoas entram no cinema e deixam que um filme os leve a lugares que nem o melhor amigo conseguiria estar. Então o nosso desejo é que os filmes toquem e alcancem o coração de cada um para que as pessoas mudem e assim o mundo também mude.

Fonte: Gospelprime


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