A Organização
Mundial da Saúde (OMS) lança hoje (4) um plano de ação global em prol da
atividade física. “Ser ativo é fundamental para a saúde. Mas, no mundo moderno,
isso tem se tornado mais e mais um desafio, principalmente pelo fato das
cidades e comunidades não serem projetadas de forma correta”, disse o
diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Guebreyesus.
“Precisamos
de líderes em todos os níveis para ajudar as pessoas a dar passos mais
saudáveis. Isso funciona melhor a nível municipal, onde grande parte da
responsabilidade recai em criar espaços mais saudáveis”, completou.
Em todo o mundo, um em cada cinco adultos e quatro em cada cinco adolescentes (11 a 17 anos) não praticam atividade física de forma suficiente - Marcelo Camargo/Agência Brasil |
O plano de
ação mostra como os países podem reduzir o sedentarismo em adultos e
adolescentes em 15% até 2030. O documento recomenda ainda um total de 20 áreas
de políticas que, combinadas, visam criar sociedades mais ativas por meio de
melhorias nos ambientes e em oportunidades para pessoas de todas as idades e
habilidades.
Dados da OMS
indicam que, em todo o mundo, um em cada cinco adultos e quatro em cada cinco
adolescentes (11 a 17 anos) não praticam atividade física de forma suficiente.
Meninas, mulheres, adultos mais velhos, pessoas de baixa renda, com algum tipo
de deficiência e com doenças crônicas, além de populações marginalizadas e
indígenas têm menos oportunidade de serem ativos.
A atividade
física regular, segundo a organização, é chave para prevenir e tratar doenças
não-transmissíveis como doença do coração, derrame, diabetes e câncer de mama e
de colo. O grupo responde por 71% de todas as mortes registradas no mundo –
incluindo a morte de 15 milhões de pessoas todos os anos com idade entre 30 e
70 anos.
“Você não
precisa ser um atleta profissional para escolher ser ativo. Usar as escadas no
lugar do elevador faz a diferença. Ou caminhar ou andar de bicicleta no lugar
de dirigir até a padaria mais próxima. São as escolhas que fazemos em cada um
de todos os nossos dias que nos mantêm saudáveis”, pontuou o diretor-geral.
O
sedentarismo, segundo dados da OMS, representa custos estimados da ordem de US$
54 bilhões no atendimento à saúde, dos quais 57% são registrados na rede
pública de atendimento, além de US$ 14 bilhões atribuídos à perda de
produtividade.
Fonte:
Agência Brasil
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