O Poder
Judiciário do Maranhão concluiu o cadastro de mais de 10.165 pessoas presas no
Banco Nacional de Monitoramento de Prisões (BNMP 2.0), desenvolvido e
implementado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para padronização e
controle nacional de ordens judiciais, no âmbito penal.
De acordo com
dados enviados pelo Judiciário maranhense, do total de detentos, cerca de 95%
são homens e o restante, mulheres. Mais de 4.940 são presos provisórios
(48,88%), 5.173 são condenados (sendo 4.201 em execução definitiva e 972 em
execução provisória). Desse universo, 4.034 estão com mandados pendentes de
cumprimento, relativos a 199 foragidos e 3.835 procurados.
O cadastro
foi concluído mediante uma força-tarefa coordenada pela juíza auxiliar da
Presidência do TJMA, Lidiane Melo de Sousa, composta por 30 servidores e
estagiários, integrantes do Tribunal, Corregedoria Geral de Justiça, Varas
Criminais, Unidade de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário (UMF)
e outros, que trabalharam diretamente do Fórum de São Luís, auxiliando os
magistrados da Capital e de várias comarcas do Estado, no cadastro de dados no
sistema e fornecendo orientações necessárias.
A magistrada
Lidiane Melo ressaltou a importância e o diferencial da força-tarefa para a
conclusão do cadastro de presos no sistema, reunindo esforços de servidores de
todo o Maranhão, e agradeceu a todos pelo empenho e compromisso na missão
executada, com sucesso.
“Foi um
trabalho grandioso, pois conseguimos reunir esforços de todo o Maranhão, em
benefício desse projeto tão relevante para a Justiça maranhense e brasileira.
Trabalhamos todos juntos nessa missão, inclusive nos finais de semana. Foi
bastante gratificante participar desse momento importante para o Poder
Judiciário”, expressou.
Lidiane Melo
acrescentou que, durante essa trajetória, foram muitos os desafios encontrados,
como inconsistências nos dados e paralisação no sistema, mas que "no
final, valeu muito a pena".
A magistrada
frisou que o BNMP 2.0 inaugura um novo cenário na Justiça brasileira, ao
permitir o monitoramento, em tempo real, de informações constantes no banco de
presos.
“O BNMP 2.0
foi disseminado e já faz parte da nossa rotina. Agora, com o correto cadastro
de informações penais, em todo o país, o sistema trará diversas melhorias para
a Justiça brasileira”, pontuou.
PLANO DE AÇÃO
- De acordo com relatório elaborado pela comissão criada pelo Judiciário
maranhense, para cadastro de presos, o Maranhão conseguiu cumprir e até superar
a meta estabelecida pelo Conselho Nacional de Justiça.
Para dar
cumprimento à meta do CNJ, o TJMA elaborou um plano de ação, a partir do qual,
dentre diversas atividades, foi implementado o grupo de trabalho e agendados
seis treinamentos presenciais, no Fórum de São Luís, voltados para servidores e
ministrados pela equipe de Informática do TJ, com vistas a orientá-los na
operacionalização do novo sistema.
Visando
contemplar magistrados e servidores de todo o Estado, também foi oferecido
treinamento a distância pela Escola da Magistratura do Maranhão (ESMAM), a
pedido da magistrada Lidiane Melo.
Também foi
realizado treinamento voltado para servidores e magistrados da Justiça
maranhense – de unidades Criminais, de Execução Penal e de Família – promovido
por técnicos e juízes do CNJ, no Fórum do Calhau.
Mais de 670
servidores foram contemplados com as capacitações promovidas.
BANCO - O
Banco Nacional de Monitoramento de Prisões possibilita o registro e a consulta
de informações sobre mandados de prisão e alvarás de soltura, com monitoramento
das ordens de prisão expedidas pelo Judiciário e controle do cumprimento de
mandados, em âmbito nacional e em tempo real, permitindo, assim, a criação de
um Cadastro Nacional de Presos.
O sistema
funciona também como um censo carcerário, onde as autoridades públicas podem
saber quem é e onde estão os presos no Brasil, proporcionando mais segurança
para a sociedade e eficiência para o Judiciário, com a integração de
informações sobre pessoas procuradas pela Justiça ou presas.
Fonte: ASCOM
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