Representantes
de caminhoneiros e técnicos da Agência Nacional de Transportes Terrestres
(ANTT) vão retomar, a partir das 15h30 de hoje (11), em Brasília, as
negociações em torno da criação de uma nova tabela com os preços mínimos de
fretes para o transporte rodoviário.
As
conversações a respeito de uma terceira versão da tabela de frete começaram na
última sexta-feira (8), um dia após o governo federal anunciar que a segunda
versão, publicada na véspera, seria suspensa. Técnicos da autarquia federal e
do Ministério dos Transportes também trataram do assunto no sábado e, esta
manhã, alguns representantes dos caminhoneiros estiveram na sede da ANTT, mas a
reunião marcada para esta manhã acabou sendo remarcada para esta tarde.
O presidente
Michel Temer confirmou, ainda na quinta-feira (7), que a Casa Civil e o
Ministério dos Transportes estudavam “uma adaptação à [segunda versão] da
tabela dos preços mínimos do frete”. Desde então, na prática, voltou a vigorar
a primeira tabela, editada no dia 30 de maio – apesar de, oficialmente, só hoje
a ANTT ter formalizado a suspensão da segunda versão, publicando no Diário
Oficial da União a Resolução 5.822, que revoga a anterior, de 7 de
junho.
O tabelamento
do frete foi uma das reivindicações de caminhoneiros atendidas pelo governo no
fim do mês passado para tentar pôr fim à paralisação que durou 11 dias,
afetando amplos setores da economia.
As duas
primeiras tabelas são alvos da disputa de interesses entre caminhoneiros e
representantes do setor produtivo. De um lado, donos de transportadoras rodoviárias
e caminhoneiros autônomos se queixam de que os valores atualmente pagos pelo
frete mal cobrem os custos das viagens, como combustível, pedágio, alimentação
e manutenção do veículo. De outro lado, empresários de outros segmentos,
principalmente agropecuário, alegam que o estabelecimento de um valor mínimo
para o frete limita a concorrência e aumenta os custos de transporte de cargas.
De acordo com
a assessoria da ANTT, a reunião de hoje não deve ser conclusiva, nem há
previsão de quando será anunciada a terceira versão da tabela. Os técnicos da
agência receberão as contribuições dos representantes dos caminhoneiros e
continuarão “aprofundando as discussões sobre a matéria” a fim de “chegar a uma
solução que harmonize os interesses de produtores, transportadores e
sociedade”.
Fonte: Agência Brasil
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