Bolsonaro e deputados da bancada evangélica também se manifestaram sobre o assunto
Dia 14 de maio entrou para o calendário mundial quando,
em 1948, o Estado de Israel foi declarado independente e voltou a ser contado
entre as nações após quase dois mil anos. Nenhum outro país da terra tem
história similar.
Setenta anos depois, os Estados Unidos e pelo menos outros 4 países (República Checa,
Guatemala, Honduras e Paraguai) estão mudando suas embaixadas para Jerusalém,
após reconhecerem a cidade como a legítima capital de Israel.
Até o momento, o governo Michel Temer tem mantido a mesma
posição de Lula e Dilma
Rousseff, fazendo com que o Brasil siga as orientações
da ONU/ UNESCO e se alinhando aos países islâmicos nas votações em desfavor de
Israel nesses órgãos.
Mesmo assim, diversos líderes judeus e cristãos estão
pedindo que o Brasil também transfira a sua embaixada de Tel Aviv para Jerusalém
e reconheça a cidade como “capital eterna” de Israel.
Conselho Apostólico
O Conselho Apostólico Brasileiro (CAB), que reúne
lideranças de diversas igrejas e denominações evangélicas, publicou uma
carta-aberta. Assinado pelo pastor Arles Conde Marques, o documento tem o apoio
de todos os membros do CAB, incluindo Dawidh Alves,
Ebenézer Nunes, Francisco
Maia Nicolau, Hudson Medeiros, Jesher Emílio Cardoso, Joaquim José Silva Jr.,
Luiz Scultori, Neuza Itioka, Paulo Tércio Lopes Silva, Paulo de Tarso
Cavalcante Fernandes, Rinaldo Seixas Pereira, Sinomar Fernandes Silveira e
Valnice Milhomens.
A carta lembra que foram feitas tentativas no passado,
junto a José Serra e Aloysio Nunes, os dois chanceleres do Brasil no atual
governo, para que fosse “revista a posição brasileira em votações na
ONU/UNESCO, que insistem em não reconhecer os inegáveis vínculos dos judeus e cristãos
com o Monte do Templo, com a Cidade Velha de Jerusalém e com o Muro das
Lamentações”
Remetendo à atuação de Osvaldo Aranha, que “presidiu a
memorável sessão da ONU em que o povo judeu teve reconhecido o direito de
erguer na Terra de seus antepassados, o moderno Estado de Israel”, o Conselho
acredita que o aniversário de 70 anos é “uma oportunidade propícia para que
também possamos reconhecer que Jerusalém é a capital indivisível do Estado de
Israel e, como nação, possamos assentar a nossa embaixada, fazendo parte das
nações bem-aventuradas que, sobre a pátria judaica e sobre o povo judeu,
estendem mãos pacíficas e reconhecem seu direito de autodeterminação para assim
lhe abençoarem”.
Afirmando que esse é o desejo da maioria dos cristãos
brasileiros, que tem uma ligação com Israel pela pessoa de Jesus Cristo, a
intenção dos líderes evangélicos é levar em mãos uma cópia do pedido ao
presidente Temer nos próximos dias.
Associação Sionista
A Associação Sionista Brasil-Israel (ASBI), formada por
judeus conservadores, também está se posicionando publicamente a favor da
mudança. O texto que acompanha o abaixo-assinado lançado por ele no site de
petições Change.org, diz: “Este manifesto expressa o anseio dos milhares de
judeus e dos milhões de cristãos residentes no Brasil, em ver este governo
reconhecer a cidade de Jerusalém como capital do Estado de Israel, bem como,
transferir e estabelecer a sede da Embaixada do Brasil para a Cidade de Davi”.
O material afirma também que “judeus e cristãos
brasileiros de várias matizes, esperam ainda nesta gestão governamental, um ato
de bravura, coerência, lucidez e inteligência, que prefira estar ao lado de um
país amigo e que está sempre disposto a nos ajudar”.
A petição está disponível aqui.
Comunidade Internacional
A Comunidade Internacional Brasil & Israel (CIBI),
organização que constantemente atua pela melhoria nas relações dos dois países,
também é favorável à mudança da embaixada brasileira.
Liderada pela pastora Jane Silva, a CIBI está oferecendo
a “Medalha Israel 70 anos” a diferentes personalidades. A entrega será em
novembro deste ano, em Jerusalém.
A líder religiosa lembra da profecia de Zacarias 8:3:
“Assim diz o Senhor: Estou voltando para Sião e habitarei em Jerusalém. Então
Jerusalém será chamada Cidade da Verdade, e o monte do Senhor dos Exércitos
será chamado monte Sagrado”. Conforme destaca, “Só com a verdade é que podemos
ver Jerusalém como a “cidade da Paz”, que é o significado de seu nome”.
Jane defende que “os países do mundo que reconhecerem a
verdade serão abençoados por Deus, conforme Ele prometeu em Gênesis 12, aquele
que abençoa o povo judeu será abençoado. E como o Brasil precisa da benção de
Deus hoje!”. Ela destaca que pretende levar um grande número de brasileiros
para o evento no final do ano. Mais informações sobre a viagem podem ser
obtidas pelo email Israel70anos@vep.tur.br
Lideranças políticas
Entre os políticos que receberão a medalha está Jair
Bolsonaro. Conhecido defensor de Israel, até o momento ele foi o único dos
presidenciáveis que se pronunciou publicamente sobre o assunto.
Em dezembro de 2017, poucos dias após o anúncio dos
EUA, assumiu
o compromisso público que, caso se torne presidente, Jerusalém será a
primeira cidade que visitará oficialmente fora do país e mudará para lá a
embaixada do Brasil.
O deputado federal Ezequiel Teixeira (Pode/RJ), emitiu
nota dizendo “Como parlamentar e pastor, rogo ao presidente Temer que o Brasil
estabeleça sua embaixada em Israel, na cidade de Jerusalém. Israel possui o
respeito e admiração de todo Cristão por defender os bons princípios e os
valores da família. Na
Câmara sigo lutando por Israel“.
Já o deputado Victório Galli (PSL/MT) foi o primeiro a pedir a mudança da embaixada no Congresso. Mesmo antes do anúncio de Trump, ele disse em discurso no Plenário: “Mudemos a embaixada para Jerusalém e paremos de tentar deslegitimar o Estado de Israel e sua capital. É hora de voltarmos a dar exemplo ao mundo””.
Fonte: Gospelprime
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