Alexandre Zanotta,
diretor jurídico do Palmeiras, reagiu à entrevista do presidente da Federação
Paulista de Futebol, Reinaldo Carneiro Bastos, publicada na manhã desta quinta-feira
pelo GloboEsporte.com. O
mandatário da FPF disse que "não houve interferência externa" na
decisão da arbitragem de anular um pênalti de Ralf em Dudu na final do
Campeonato Paulista, vencida pelo Corinthians nos pênaltis.
Em mensagem divulgada
pela assessoria de imprensa do Palmeiras, Zanotta diz:
– Fica claro que a federação tem mais a explicar do que
imaginávamos. Cada vez que se manifestam, se enrolam mais. Nós queremos saber
por que eles declararam logo após a partida que não houve interferência
externa, mas mesmo assim iniciaram uma investigação interna sigilosa para
tentar apurar. Por que nenhuma das provas e celulares foram analisados e
disponibilizados em inquérito? Por que, mesmo sem essa análise, o inquérito foi
arquivado? Por que após o arquivamento do inquérito ainda assim a federação
seguiu investigação interna sigilosa? E, por fim, como podem afirmar que a
análise unilateral de um único celular indica que não houve interferência
externa? Por que a federação não entrou no debate de todas as demais
evidências?
Alexandre Zanotta, diretor jurídico do Palmeiras (Foto: Reprodução) |
Não foram abordados os três
minutos de demora para o quarto árbitro levar a informação para o árbitro, o
porquê de o quarto árbitro somente levar a informação ao juiz depois de um
contato com o quinto, o contato do delegado com o quarto árbitro, o contato do
Dionísio com o assistente. Enfim, estão tentando mais uma vez simplificar e
conduzir de forma ilegal, apenas para engavetar o caso o quanto antes.
O
Palmeiras contratou a Kroll, uma megaempresa de investigação para tentar provar
irregularidades na final, e pediu a impugnação do jogo no TJD-SP. Sem êxito no
tribunal paulista, que decidiu nem julgar o mérito do caso por entender que o
prazo para o pedido de impugnação havia expirado, o Palmeiras entrou na última
quarta-feira com uma representação do
STJD.
E
mais: segundo o jornal Folha de S. Paulo, o Palmeiras decidiu ir à polícia para
tentar provar que a equipe de arbitragem da final do Campeonato Paulista não
falou a verdade, em depoimento ao
TJD-SP no dia 17 de abril, sobre os acontecimentos do Dérbi
decisivo do estadual. O clube contratou o advogado criminalista José Luis
Oliveira Lima para acompanhar o que disseram os árbitros. Ele confirmou à
Folha a decisão de ir à polícia sob alegação de
falso testemunho.
Fonte: Globoesporte
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