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terça-feira, 22 de maio de 2018

A mensagem “só Jesus salva” está se tornando menos popular entre cristãos

"As universidades são as instituições mais poderosas do mundo hoje", avalia teólogo.

Uma pesquisa recente do Instituto Pew, focada na influência da religião na sociedade, mostra que embora a grande maioria dos americanos digam acreditar em Deus, isso não significa que seja o Deus da Bíblia. Os dados levantados apontam também para como os conceitos e “diversidade” contribuíram para o crescimento da percepção que “Jesus não é o único caminho para Deus”.

Fica nítido o contraste com uma pesquisa similar do Pew de 2008, onde mais da metade dos cristãos americanos disseram acreditar que “outras religiões podem levar à salvação”. Cerca de uma década depois, dentre os 80% dos cristãos que disseram crer em um Deus único, apenas 56% afirmam que é a mesma divindade “descrita na Bíblia”.

Dentre os que professam sua fé em Deus, 91% dos evangélicos identificam com o Deus bíblico enquanto 69% dos católicos dizem o mesmo. Os demais acreditam em “um poder superior ou força espiritual”, claramente distante do Deus pessoal descrito nas Escrituras. Em ambos os grupos, 1% dos entrevistados dizem “não saber” se o Deus que creem é o mesmo da Bíblia.

Ken Stone, reitor acadêmico do Seminário Teológico de Chicago, acredita que  a ideia de  “múltiplos caminhos para Deus” e a percepção que a verdade é “encontradas em várias tradições religiosas” está alinhada com a teologia liberal, que ganha cada vez mais força nas denominações tradicionais e no meio acadêmico teológico.

Por sua vez, J. Lanier Burns, professor de Teologia Sistemática no Dallas Theological Seminary, entende que a mudança entre os cristãos para uma “abordagem mais pluralista da fé em Deus” vem ganhando força principalmente entre os que cursam o ensino superior.

“Esta é a agenda das universidades, pois geralmente o ensino de viés progressista atribui à  religião a causa de todas as guerras e a ideia que, se pudermos nos livrar da religião fundamentalista,  poderemos ter mais paz no mundo”, avalia. Acrescentou ainda que: “Tudo hoje em dia parece se basear no pluralismo. Eu acho que as universidades são as instituições mais poderosas do mundo hoje. Eles estão treinando a todos indiretamente. Quando você soma a influência da universidade ao redor do mundo, é algo extremamente grande.”

Tendência Progressiva no Ensino Superior


Mitchell Langbert, professor do curso e administração de empresas no Brooklyn College, encontrou fortes evidências de um viés progressista entre os professores, especialmente entre aqueles que ensinam religião nas principais faculdades americanas.

Em um estudo recente de 8.688 professores de 51 das 66 melhores faculdades dos EUA, Langbert descobriu que há mais de dez que se identificam como “de esquerda” para cada “conservador” entre os professores. E nos departamentos de religião, os esquerdistas  superam os conservadores em 70 para 1.

Uma tendência semelhante entre os acadêmicos também foi observada na Grã-Bretanha. Esses ideais políticos acabam sendo um indicativos de um viés teológico.

“A homogeneidade política é problemática porque distorce a pesquisa e o ensino e reduz a credibilidade acadêmica”, escreveu Langbert em suas descobertas publicadas pela National Association of Scholars. “Embora mais cidadãos acreditem sem mais conservadores do que liberais, o preconceito dos acadêmicos faz com que os alunos acreditem que o conservadorismo é errado”.

Embora essa luta contra o pós-modernismo continue sendo negativa para os evangélicos porque é “desconfortável” e “perturba a maneira como os evangélicos tradicionalmente entendem como expressam sua fé”,  ela é necessária, defende Mark R. Teasdale, professor de evangelismo do Seminário Teológico Garrett, em Illionois.

O professor acredita que a mensagem nos púlpitos em geral não contribui para uma compreensão plena do evangelho.  “Jesus ensina sim, que precisamos ser perdoados pelos pecados, não há dúvida sobre isso. Mas Jesus também nos chama para amar o nosso próximo e para viver em comunidade uns com os outros. E então eu acho que precisamos de um novo evangelismo, mais robusto e plenamente bíblico. Para ser honesto: voltar à Bíblia e redescobrir o quanto é o Evangelho é pleno, atingindo corpo, alma e espírito, deveria nos fazer dar um melhor testemunho nesse mundo”, encerra. 

Com informações de Christian Post e Gospelprime

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