Ele não escondeu incômodo com a situação, mas disse acreditar em uma mudança de mentalidade. Foto: Action Images / Crispin Thruston |
Pedro Bial, o apresentador da atração, exibiu imagens do GP da Áustria de 2002, em que o brasileiro liderava nas voltas finais, mas foi obrigado a deixar Schumacher passar, por ordem da escuderia italiana, já que o parceiro estava na briga pelo título mundial. O episódio ficou marcado como um dos mais vergonhosos da história da categoria, e provocou mudanças no regulamento para inibir o jogo de equipe.
."Neste dia, eu saí desse pódio e não fui à sala de imprensa porque passei mal. Vomitei muito de raiva. Nós, como brasileiros, deveríamos sentir orgulho. Não foi algo que eu quis, não foi premeditado. Se aconteceu, foi por força de alguma coisa", disse Barrichello, que prometeu divulgar futuramente em um livro todo o diálogo com o chefe da Ferrari na época, o francês Jean Todt.
Bial também questionou Barrichello sobre as recorrentes piadas e críticas, que associam o fato de ele nunca ter sido campeão da Fórmula 1 a um suposto fracasso. Ele não escondeu incômodo com a situação, mas disse acreditar em uma mudança de mentalidade, que virá com as novas gerações, menos imediatista em relação ao esporte brasileiro.
"Não dá para falar que eu não fiquei magoado, mas sempre quis dar a volta por cima na minha vida", resumiu. "Fui com as crianças à Itália para o Mundial de Kart, e um deles me falou. 'Pai, você acha que respeitam mais você aqui do que no Brasil?' Ele, como criança, teve essa impressão. A juventude fará com que essa cultura brasileira seja modificada", concluiu o piloto, atualmente na Stock Car -foi campeão da categoria em 2014. (Folhapress
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