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terça-feira, 6 de março de 2018

Bullying: A Voz do Silêncio

Em 20 por cento dos casos, o praticante de bullying também é vítima. Nas escolas, a maioria dos atos de bullying ocorre fora da visão dos adultos e grande parte das vítimas não reage ou fala sobre a agressão sofrida.

Assédio Moral Infantojuvenil (AMI), Bulimento ou Bullying (IPA[ˈbʊljɪŋ]) que é um anglicismo utilizado para descrever atos de violênciafísica ou psicológica intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo ou grupo de indivíduos, causando dor e angústia e sendo executadas dentro de uma relação desigual de poder.[1] bullying é um problema mundial, sendo que a agressão física ou moral repetitiva deixa sequelas psicológicas na pessoa atingida.

O termo com esta definição foi proposto após o Massacre de Columbine, ocorrido nos Estados Unidos no ano de 1999, pelo pesquisador sueco Dan Olweus, a partir do gerúndio do verbo inglês to bully (que tem acepção de "tiranizar, oprimir, ameaçar ou amedrontar") para definir os valentões que, nas escolas, procuram intimidar os colegas que trata como inferiores.[2]

Embora o termo tenha seu uso bastante recente, o fenômeno é bastante antigo e encontra relatos na literatura que datam de mais de cem anos; a prática tem um grande poder de destruir a auto-estima da vítima, pois esta precisa permanecer no ambiente escolar e enfrentar todos os dias as humilhações diante de todos os colegas

bullying corresponde à prática de atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, cometidos por um ou mais agressores contra uma determinada vítima.
Em outros termos, significa todo tipo de tortura física ou verbal que atormenta um grande número de vítimas no Brasil e no mundo. O termo em inglês "bullying" é derivado da palavra "bully" (tirano, brutal).

Ainda que esse tipo de agressão tenha sempre existido, o termo foi cunhado na década de 70 pelo psicólogo sueco Dan Olweus
O Bullying pode ocorrer em qualquer ambiente onde existe o contato interpessoal, seja no clube, na igreja, na própria família ou na escola.
Aos poucos o combate efetivo ao bullying vem ganhando importância na mídia e em ONG’s empenhadas em campanhas de anti-bullying. Isso porque essa prática tem aumentado consideravelmente nos últimos anos no país e no mundo.

Bullying na Escola


Os ataques de bullying podem ocorrer também no espaço virtual. Ao propiciar o anonimato do agressor, a Internet acaba por vezes incentivando uma maior desinibição de conduta e ao desrespeito à ética.

As consequências do Bullying apresentam diversos
sinais típicos em suas vítimas
Conflitos entre crianças e adolescentes são comuns, pois trata-se de uma fase de insegurança e autoafirmação. Porém, quando os desentendimentos são frequentes e partem para humilhações, é aí que o bullying prolifera.
Nas escolas, as agressões geralmente são praticadas longe das autoridades. Ocorrem normalmente na entrada ou saída do prédio, ou ainda quando os professores não estão por perto.
Podem também acontecer de forma silenciosa, na sala de aula, na presença do professor, com gestos, bilhetes, etc. As agressões físicas são mais difíceis de serem escondidas e muitas vezes levam a família a transferir a vítima para outra escola.


Koe no Katachi (filme)

Koe no Katachi (聲の形lit. "A Voz do Silêncio"?) é um filme japonês animado e produzido pela Kyoto Animation, sendo dirigido por Naoko Yamada e escrito por Reiko Yoshida, com design de personagens por Futoshi Nishiya e música de Kensuke Ushio. Baseado no mangá de mesmo nome, escrito e ilustrado por Yoshitoki Ōima, o filme lançou no Japão em 17 de setembro de 2016.


A seguir um vídeo feito pelo Youtuber TK Raps que enfatiza os momentos onde Ishida tenta apagar as lembranças que o acorrentam no passado  mostrando que sempre que ele a reprimia, ela retalhava as agressões com um sorriso.



O anime retrata alguns momentos onde uma garota chamada Shōko Nishimiya (西宮硝子, Nishimiya Shōko?) é firiamente "zuada por Shōya Ishida (石田将也, Ishida Shōya?). Durante o Ensino Fundamental, o garoto humilhava de todas as formas, porém mais tarde o mesmo se arrepende faendo uma promessa de que seria a " A voz de Nishimiya em seu mundo Silencioso. 

A história foca em Ishida, um jovem garoto que desde pequeno é muito travesso, conseguindo passar dos seus limites por causa de algo chamado "Shouko Nishimiya". É a garota transferida da sua sala, que mesmo parecendo ser alguém normal, um fator a diferenciava da maioria: sua surdez. O protagonista da história começou a odiá-la por inúmeros fatores, mas o principal é por não terem vencido no concurso de coral, devido a Shouko não saber falar as palavras direito e, muito menos cantar.

Até que Ishida começa a fazer bullying com ela de quase todas as formas, como retirar a força seus aparelhos auditivos; brincadeiras de mal gosto, como pegadinhas; riscarem sua mesa com palavras que a ridicularizavam; porém, Shouko era gentil demais, não se importando muito com isso, tentado até ser amiga de Ishida, mas o garoto simplesmente se recusava a aceitar o pedido dela.

Porém, "a mentira é como o lixo escondido debaixo do tapete", uma hora alguém descobre a verdade. O diretor da escola veio conversar com os alunos da sala, já que durante apenas 5 meses, mais de 8 pares aparelhos auditivos quebrados "que são caros". Portanto, se o culpado que fez isso se entregasse, não haveria mais problemas e tudo seria resolvido, Ishida levantou sua mão, disse que não havia feito tudo isso sozinho, que algumas pessoas da sala também fizeram o mesmo, porém ninguém admitiu isso com medo das consequências. 

No final de tudo, Shouko se mudou de escola e quem começou a sofrer bullying foi o próprio protagonista, inclusive pelos seus antigos amigos. Sua mesa era escrita com palavras o ridicularizando, roubavam os seus sapatos, ou seja, praticamente o mesmo tratamento que era dado à garotinha

Depois desses acontecimentos, Ishida se tornou isolado por todos, começando a odiar qualquer pessoa, tendo "colocado" um "X" nas que não gosta e crítica em seus pensamentos. Ele quer morrer o mais rápido possível, então pensou em possíveis métodos de suicídio, já que sua vida estava arruinada por tudo que havia feito. 

Enquanto andava pelos corredores da escola, conseguiu reconhecer o rosto que simplesmente acabou com sua vida, Shouko Nishimiya. Após tê-la visto, começou a andar atrás dela e quando finalmente a alcançou, lhe entregou o seu precioso caderno de comunicação, que usava para poder falar com os outros. Ela o leu e começou a chorar devido as coisas que estavam escritas nele, em seguida, Ishida a perguntou em linguagem de sinais se os dois poderiam se tornar amigos. Shouko ficou corada e surpresa devido a pergunta, já que havia feito essa mesma quando crianças.


Perfil do Agressores



O agressor, em geral, tem uma mente perversa e às vezes doentia. Ele é consciente de seus atos e consciente que suas vítimas não gostam de suas atitudes, mas agride como forma de se destacar entre seu grupo. Assim, os agressores pensam que serão mais populares e sentem o poder com esses atos.

Os agressores buscam vítimas que normalmente destoam da maioria por alguma peculiaridade.

Os alvos preferenciais são:


- Os extremamente tímidos;
- Os que têm traços físicos que fogem do padrão;
- Os que têm excelente boletim, o que serve para atiçar a inveja e a vingança dos menos estudiosos.

Consequências do Bullying

Geralmente, as vítimas do bullying têm vergonha e medo de falar à família sobre as agressões que estão sofrendo e, por isso, permanecem caladas.


As vítimas de agressão física ou verbal ficam marcadas e essa ferida pode se perpetuar por toda a vida. Em alguns casos, a ajuda psicológica é fundamental para amenizar a difícil convivência com memórias tão dolorosas.

Tipos de Bullying



·        

Cyberbullying: quando o bullying ocorre por meio das tecnologias de informação, seja internet (redes sociais, e-mails, etc.) e/ou celulares  (torpedos).

Verbal: quando o bullying acontece por meio de palavras de baixo calão,  apelidos e insultos. 

Moral: associado ao bullying verbal, ele ocorre através de boatos, difamações e calúnias.

Físico: quando o bullying envolve a agressões físicas, seja empurrão, bater,  chutes, etc. 

Psicológico: quando o bullying envolve aspectos que afetam o psicológico, por exemplo, chantagem, manipulação, exclusão, perseguição, etc. 

Material: quando o bullying é definido por ações que envolvem roubo, furtos e destruição de objetos pertencentes a alguém. 

Sexual: nesse caso, o bullying é cometido por meio de abusos e assédios  sexuais.

Legislação no Brasil

Até pouco tempo, quando os casos de bullying chegavam à justiça, eles eram enquadrados em infrações previstas no Código Penal como injúria, difamação e lesão corporal.
Entretanto, em 06 de novembro de 2015 foi sancionada a Lei n.º 13.185 denominada "Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying)". Segundo esse documento:
"Considera-se intimidação sistemática (bullying) todo ato de violência física ou psicológica, intencional e repetitivo que ocorre sem motivação evidente, praticado por indivíduo ou grupo, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-la ou agredi-la, causando dor e angústia à vítima, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas."
Porém, segundo estatísticas atuais, cerca de 80% das escolas brasileiras ainda não punem os agressores.
SUGESTÃO DE FILME 

Dada a importância de abordar o tema, o "Dia Mundial de Combate ao Bullying" é comemorado em todo o mundo no dia 20 de outubro. No Brasil, em 2016 foi instituído por meio da Lei nº 13.277, o "Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola", comemorado em 7 de abril.

A escolha da data faz referência ao episódio que aconteceu em 7 de abril de 2011 no bairro do Realengo, no Rio de Janeiro.

Pela manhã, Wellington Menezes de Oliveira (23 anos) invadiu a Escola Municipal Tasso da Silveira disparando nos alunos.

O resultado do "Massacre do Realengo", como ficou conhecido o ataque, foi a morte de 12 alunos e do próprio atirador, que se suicidou. Muitos conhecidos e familiares de Wellington afirmaram que ele sofria de bullying.
Fonte: ASCOM


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